O MUNDO FANTÁSTICO DE OZ | O filme é um Thriller Psicológico?
Quando lembramos de “O Mundo fantástico de Oz“, logo o associamos ao clássico “O mágico de Oz“. No entanto, de próximo os filmes só tem o material de origem, pois além do estúdio onde foram produzidos, a maior diferença entre eles é o tom – sombrio– da obra.
Não sei se vocês sabem, mas durante um tempo o livro “O Mágico de Oz“, foi proibido, exatamente por conter elemento, considerados pesados para a época, como por exemplo, uma bruxa esmagada por uma casa. Mas a adaptação produzida pela MGM, conseguiu dar uma certa leveza para a produção.
Contudo, a produção Disney, O Mundo fantástico de Oz, se mostrou mais fiel à obra literária do que a versão de Judy Garland. Não somente os personagens, como os cenários eram bem mais fieis às ilustrações de William Wallace Denslow.
Quando o filme foi lançado em 1985, esperava-se paisagens coloridas, músicas… certamente não foi o que os pais, que levaram os seus filhos aos cinemas, presenciaram. E sim, muito choro, grito, e por que não, crianças traumatizadas.
E é a partir daqui, que trazemos a explicação sobre o título. Porque o filme é considerado um Thriller Psicológico? A resposta vem em alguns fatos, que ocorreram ao longo do filme que o fará entender!
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Doença mental
O imaginário de Doroth sobre OZ é tratado como uma grande doença mental. Em vez de administrar sua terapia diária regular para ajudá-la a lidar com seus delírios, seu médico decide que a terapia por eletrochoque é a melhor opção. WHAT? Em cenas posteriores a personagem é amarrada a uma cama e encaminhada para um quarto, durante o caminho ela ouve gritos de agonia. MAS O FILME NÃO ERA INFANTIL?
Realidade?
Logo percebemos que quem encaminha Doroth para o quarto no hospital são uns vilões bizarros de OZ, que possuem rodas, chamados de Wheelers. MAS COMO ESTARIAM NA VIDA REAL?
Elementos
Ao longo do filme percebemos que os personagens, são elementos reais do cotidianos de Doroth, a fim de nos provar que assim como no filme de Judy Garland, a personagem nunca poderia ter ido a OZ. A questão é que crianças podem não entender isso.
Em Oz
Para piorar, Oz parece não ser mais tão maravilhosa, um grande terremoto destruiu parte do lugar. Logo de cara ela se depara com um caminho de areia mortal, a ausência de vida e estátuas sem cabeça.
Estátuas
As estátuas possuem uma história assustadora por trás. Estas peças, na verdade são pessoas petrificadas e as que estão sem cabeça, foram -realmente- decapitadas.
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E as cabeças?
Ai entra outra questão. Todos os atos de carnificina servem a um propósito prático no reino glorioso de Oz. As rodas dos rodas não são usadas apenas para mobilidade, elas também são usadas para cortar cabeças. As cabeças também não são descartadas, elas são entregues a Mombi, que as exibe como troféus.
Alegoria da caverna de Platão
O que o filme nos quer propor é que Oz é como a “Alegoria da caverna de Platão“. E o que isso quer dizer? Quer dizer que Oz é como a sombra projetada na parede da caverna que é uma deturpação do mundo lá fora. O mundo real influencia Oz, assim como influencia os sonhos, sugerindo que Oz possa existir apenas na cabeça de Dorothy.
CONCLUINDO…
No fim de tudo, Doroth é encontrada pelos tios que contam que o médico -que viria a ser o o rei Nome em Oz- morreu durante o incêndio do hospital enquanto a polícia conduzia uma mulher em uma carroça, mulher esta que seria a rainha Mombi em OZ.
O mais bizarro em pensar nisso tudo, sendo abordado em meio aos anos 80, é que a Disney tinha a coragem de trazer a público um diálogo tão pertinente e reflexivo, mas até então limitado, por ser considerado tabu. Mesmo não sendo condizente com a faixa de idade, é muito válido se analisar nos dias atuais, tais detalhes, principalmente no âmbito psicológico, da personagem, considerada como esquizofrênica, mesmo que de maneira sub entendida.
Deixo aqui o questionamento: Será que tudo não passou de um sonho?