HERÓIS DAS TERRAS VERMELHAS | Um novo Herói! – Capítulo 05 do Original Coxinha Nerd!

Capítulo 05 – Um novo Herói surge!

No último capítulo:Cris já havia entendido que sua vida estava mudando. Não só a sua, mas a de toda a população de Marte. Um enorme onda de monstros estava chegando para acabar com tudo, cabia a Atomis conseguir resolver esse problema, ou seria o fim de uma tentativa de utopia espacial. O rapaz jurou para si mesmo dar a vida por uma chance de participar do projeto Nebula, pois não iria deixar que mais alguém ficasse como seu pai ficou. O planeta vermelho já não era mais o mesmo, Marte estava mudando!Confira agora o capítulo de hoje: A noite parecia não terminar para os jornalistas que ficaram durante horas acompanhando todos os ataques que estavam acontecendo nos últimos dias e aguardando pronunciamentos oficiais da Atomis sobre como seria feito o controle da situação. A madrugada inteira foi preenchida com reportagens especiais sobre aparições de Canavar em Marte no último mês. O gráfico começava a subir em uma velocidade alarmante, chegado até a se aproximar do número de crescimento de ataques da Terra. – A cidade de Echo é a que mais está sendo afetada. As forças de segurança pública calculam que as aparições se aproximem de 1 a cada hora. – O jornalista dizia para a câmera – Em decorrência disso a cidade Delta também está sendo afetada. Ainda não se sabe de onde essas criaturas estão saindo, mas o presidente da Atomis, Peter Carvales, disse que está se preparando para uma investigação mais profunda. Cris seguia tenso após seu incidente com a armadura de Lebre, e agora sentia-se ainda mais culpado após essa invasão surpresa. Passou a noite em claro pensando no pedido de desculpas que iria fazer para Luke, mas não chegou em lugar algum. Quando finalmente fechou os olhos, perto da hora do amanhecer, seu telefone tocou. – Garoto, está acordado? – Luke disse ofegante. – Acordado… É. – Cris respondeu levantando da cama. – Você acha que consegue usar aquela armadura que você montou? Estamos com um pequeno problema por aqui… – Consigo, eu acho que consigo sim. Mas por que vocês não colocam o Lebre para pilotar? – É exatamente esse o nosso problema. Ele foi sequestrado durante a invasão. Conseguimos localizar onde ele está, mas é impossível chegar lá de barco antes que ele morra. Precisamos de mais velocidade que isso. – E você quer que eu corra até lá e arrisque minha vida? – Foi para isso que você se candidatou. Coloca seu sapato e vem logo pra cá, porque tempo está em falta por aqui. Cris desligou o telefone e correu para seu armário, de onde tirou seus tênis de corrida. O primeiro ônibus que iria até a Atomis saia do ponto em 15 minutos, isso fez com que Cris corresse como nunca correu antes pelas escadas do prédio e pela rua. Ainda era madrugada, os sóis estavam começando a surgir ,então conseguiu ir pelo asfalto sem medo de ser atropelado. Ele entrou pela recepção e correu para o laboratório. Não pode deixar de reparar no enorme buraco na parede ao seu lado que havia sido coberto com plásticos impermeáveis. Na mesa de Luke havia apenas um bilhete escrito “Pista de atletismo“, fazendo com que Cris corresse por toda a instituição até encontrar seu chefe mexendo no capacete da armadura. – Estou pronto para correr, é só me ensinar como isso funciona. – Cris disse colocando sua bolsa no chão. – Chegou rápido, que bom! – Luke apertou sua mão – Controlar isso aqui é muito simples. Você vai entrar e correr. Pelo menos era assim, até você mexer e instalar os propulsores. – Você não sabe mexer em propulsores? Eu instalei os controles nas mãos, basta apertar bem forte para funcionar. – Não é por que você sabe montar uma armadura que eu vou te perdoar por ter destruído a do Lebre. Te chamei porque ele é nosso único piloto para velocidade, sem ele somos apenas força bruta. – A armadura era fraca. Eu só aumentei a velocidade e mudei os controles. Propulsores só nos pés é algo ultrapassado. Luke explicou para Cris sua missão. O garoto iria seguir um ponto vermelho no visor de seu capacete até chegar no galpão abandonado onde o rastreador indicava que o Lebre estava. Ele foi alertado sobre as chances de um Canavar estar lá se preparando para devorar seu novo colega, por isso que a velocidade era essencial para essa tarefa. Correr, resgatar e voltar eram as palavras chaves de Cris para os próximos momentos. Sua armadura azul feita de liga de carbono se ajustou ao seu corpo e ficou no tamanho ideal. O rapaz não tinha ideia de como seria a sensação de correr com aquela coisa. Mesmo já tendo visto dezenas de vídeos de versões caseiras de propulsores de corrida, tinha medo de que os da Atomis fossem fortes demais e fizessem ele perder o controle. – A armadura te ajuda a evitar colisões. Então pode ficar tranquilo, só evite parar de correr quando estiver em cima d’água. – Luke aconselhou. – Não bater em nada e não me afogar. Pode deixar, vou tentar me manter vivo. – Cris estava nervoso e tremendo. Ele deixou seu chefe se afastar, colocou o capacete e focou no ponto vermelho. A pista, que ficava nos fundos da Atomis, era longa e terminava pouco antes de um rio artificial. Cris firmou seus pés no chão e apertou forte suas mão, para ativar e aquecer os propulsores. Seus ouvidos pareciam estar entupidos, todos os sons soavam distantes e sua visão focava apenas no objetivo. Uma perna de cada vez ele começou sua corrida e sentia-se sobre controle o tempo todo. Ao chegar no rio pensou em parar, mas apertou forte a palma das mão para aumentar a potência de corrida. Em menos de um minuto ele já estava se sentindo correndo como sempre correu, com segurança e foco no objetivo. Ainda tinha algumas dificuldades para desviar de objetos, mas, para sua sorte, a maior parte do trajeto não passava de planícies vermelhas com alguns pedregulhos soltos. Em seu visor pode ver uma linha amarela neon piscas. – Luke, linha amarela piscando. – Ele disse. – É a zona amarela, a armadura resiste, só não tire o capacete que você vai ficar bem – Seu chefe respondeu olhando o radar de localização. Cris prendeu a respiração e correu sem parar por alguns minutos, até ver uma outra linha da mesma cor em seu visor. O ponto vermelho piscante estava se aproximando e um contador de distância começou a aparecer. Ao passar a nova linha leu a mensagem “Zona segura” em sua tela. Fez um contorno em uma montanha e correu por ruelas ao lado de dezenas de casas e prédios abandonados. Pela rua viu máscaras de gás e medidores de radioatividade. O galpão estava levemente afastado da cidade, ao lado de gigantescas caixas de concreto. O garoto parou em frente ao galpão e ouviu uma voz, vinda la de dentro, ser abafada subitamente. Cris parou bem na porta e ficou encarando o escuro do lado de dentro. O ponto vermelho sumiu e, em seu lugar, apareceu uma mensagem que dizia: “Ponto de rastreamento detectado a frente“.Luke, acho que cheguei. – Cris disse ao seu chefe. – Ótimo! Já está com ele? – Ele perguntou. – Estou de frente para um galpão escuro. – Bata duas vezes no ombro direito. Eu instalei uma lanterna em todas as roupas. Cris entrou no galpão cuidadosamente e ativou aluz em seu ombro. Em sua frente viu um homem loiro e forte com sangue em suas pernas amarrado em uma cadeira com a boca amordaçada. Apenas ao olhar para baixo ele notou que o rapaz estava sem seu pé. Seus olhos se arregalaram ao ver Cris, parecia desesperado. O garoto foi se aproximando aos poucos, olhando em volta para garantir que não haveriam surpresas. – Vai embora! – O homem loiro gritou ao cuspir a mordaça no chão – É uma armadilha! O aviso acabou chegando tarde demais e Cris sentiu um peso enorme derruba-lo no chão. Pela primeira vez na vida o garoto estava cara a cara com um C-8 raivoso. A criatura sorria para ele com sangue quente em sua boca. – Finalmente! – O Canavar bravejou – A senhora K. e o pequeno M. vão ficar muito feliz em saber que matei dois Nebulas de uma vez só! Cris se preparava para tentar alguma investida, mas não conseguia nenhuma chance, nenhuma abertura. Ao olhar bem fundo nos olhos do monstro ele percebeu um reflexo incomum. “Tem uma câmera no olho dessa coisa! Mas quem estaria filmando isso?”, foi o último pensamento do rapaz antes de fechar os olhos e esperar o punho do monstro atingir sua cabeça. Se aquilo acontecesse, ele teria falhado em sua primeira missão. O destino de muitos seria pior que o de seu pai. Não perca o próximo capítulo “Corrida até o limite!” aqui mesmo, no Coxinha Nerd! (Arte da thumbnail feita por Ed Matos) Confira o capítulo anterior clicando no link abaixo: HERÓIS DAS TERRAS VERMELHAS | MUDANÇAS EM MARTE – CAPÍTULO 04 DO ORIGINAL COXINHA NERD!

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