Love and Monsters traz mais do mesmo, mas agrada

Ainda sem previsão de chegar ao Brasil, o mais novo filme de Dylan O’Brien estreou nos Estados Unidos. Sob o título de Love and Monsters (Amor e Monstros, em tradução livre), a produção não poderia ter nome melhor para representa-la. Toda a trama do filme gira ao redor, literalmente, de amor e muitos monstros. A comédia produzida por Shawn Levy é mais uma produção “resultante” do momento em que estamos vivendo. Assim como muitas ainda acontecerão, Love and Monsters lida com uma doença bizarra e repentina, que eliminou 95% da população mundial. Irônico não é mesmo?

O filme

O cenário aqui é um futuro pós-apocalíptico no maior estilo The Walking Dead. Combinando a produção da AMC com Zoo, outra série de sucesso, o resultado provavelmente seria algo parecido com Love and Monsters. Os inimigos, porém, não são humanos afetados pela doença, mas sim insetos. As criaturas sofreram mutações após receberem partículas vindas do espaço, resultantes de pesquisas e visitas de seres humanos usando foguetes. A explosão dos mesmos desencadeou na queda de substâncias na Terra, que ao serem consumidas por insetos, deixou-os doentes e gigantescos. Estamos falando de baratas e cupins maiores que tanques de guerra, raivosos e prontos para comerem tudo o que aparecer pela frente. O tudo aqui é representado por 95% da população mundial.

Os sobreviventes estão espalhados ao redor do globo, se escondendo como podem e sobrevivendo com o impossível. Ironicamente, insetos obrigaram os humanos a viver em colônias subterrâneas. Eles precisam se alimentar do básico e cada saída do subsolo pode ser um caminho sem volta. Você já parou para pensar nos riscos que uma formiga corre ao sair do formigueiro para pegar comida? Depois de assistir ao filme, certamente vai começar a pensar.

O protagonista do filme é Dylan O’Brien, que interpreta Joel. Ele se esconde em uma espécie de bunker com outros sobreviventes, mas não é conhecido pelo ar heroico ou guerreiro. Joe é o cozinheiro do grupo e tem fama de covarde, o que reflete seu estado de espírito. Ele vive todos os dias motivado a reencontrar o grande amor de sua vida, a namorada que deixou para trás quando a doença explodiu. Encontrar Aimee (Jessica Henwick) é a única coisa que importa na vida de Joel e ele fará tudo que puder para cumprir a promessa que fez.

Love and Monsters

O filme vagueia entre momentos de tensão e o besteirol clássico de filmes de Hollywood envolvendo monstros gigantes. A produção retrata a jornada de Joel em busca de Aimee, em um caminho perigoso e misterioso envolvendo interiores de carros e casas abandonadas. O filme toma um novo rumo quando Joel encontra Garoto, um cachorro incrível e fiel esperando a dona. Garoto foi deixado em um trailer e seu caminho cruza com o de Joel, salvando a vida dos dois. A relação de amizade que surge ali é linda e a todo momento torcemos para que nada aconteça com o animal. Acreditem, ele traz toda a coragem que Joel deixou no passado, além de ser muito fofo.

Love and Monsters não é um filme ruim, pelo contrário. Quando novos personagens vão surgindo e a trama toma forma, torna-se algo agradável de assistir na Sessão da Tarde, por exemplo. Mas para por aí. O filme está classificado dentro do gênero comédia, mas momentos engraçados são inexistentes. No maior estilo besteirol, temos sangue para todos os lados, cabeças explodindo e insetos gigantes circulando pela cidade. O grande chamariz é Dylan O’Brien, que entrega um personagem muito parecido com o Styles de Teen Wolf. O ator traz mais do mesmo e nem o protagonismo lhe dá o destaque para considerarmos esse o seu melhor filme.

Love and Monsters ainda não tem previsão de chegar ao Brasil.

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