Um bate-papo com Mel Lisboa e Seu Jorge sobre ‘Paciente 63’

Ficção Científica segue sendo um dos gêneros mais queridos e também mais odiados da atualidade. Desenvolver uma produção que pertença ao gênero é uma das maiores dúvidas do entretenimento, pois não é simples e nem para qualquer um, desenvolver uma trama de sucesso e com possibilidade de uma continuação. Independente da dificuldade, temos um resultado extremamente positivo com o lançamento de Paciente 63, uma produção de ficção em formato de podcast, lançada pelo Spotify no próximo dia 22.

Na trama, Mel Lisboa é Elisa Amaral, uma psiquiatra que grava as sessões de um enigmático paciente. Seu Jorge dá voz a esse paciente, registrado como Paciente 63, que diz ser um viajante no tempo. O que começa como sessões terapêuticas de rotina se transforma rapidamente em um relato que ameaça as fronteiras do possível e do real. Uma história que transita entre o futuro e o passado de dois personagens que podem ter nas mãos o futuro da humanidade.

Na última semana, tivemos a oportunidade de conversar com os dois protagonistas da série, Mel e Seu Jorge, de forma virtual, sobre um pouco do seriado. Para Mel, a imaginação é um dos pontos chaves de desenvolver uma série em formato de podcast. 

“Eu espero que continue nesse formato, pois é um tipo de conteúdo de áudio muito interessante, tanto pra quem faz quanto pra quem ouve. É instigante e faz com que as pessoas possam exercitar a imaginação. Espero que essa série possa fazer com que as pessoas tenham vontade de criar novos conteúdos para esse formato. O que eu acho espetacular nesse tipo de conteúdo de áudio de ficção, é que essa parte imaginativa é muito poderosa. Cada um faz o seu.

As pessoas conhecem a minha voz e a do Jorge, mas existem pessoas que não sabem como é meu rosto e vão imaginar uma Doutora Eliza completamente diferente. O Jorge imaginou uma mesa, mas eu não. Estávamos em uma mesma sala onde eu imaginei uma mesa e ele não, isso é espetacular, é muito rico.”

Já para Seu Jorge, a experiência foi a primeira de muitas.

“Isso tem tudo pra ganhar força, tem tudo pra virar mania e grandes histórias serem contadas através das áudioséries. A gente está nesse lugar, onde vimos essa proposta de ficção nascerem. Vamos ver como o público percebe esses dois personagens e essa história. Eu fiquei muito impactado quando fazia, pois foi a primeira vez que eu fiz isso. Nunca fiz nada parecido com isso. Tive muitos colegas de elenco me apoiando e me incentivando a continuar.

Eu imaginava muito dependendo da cena. Eu me via sentado em uma mesa, com uma porta que me desse uma vontade de sair muito grande. Eu sentia isso enquanto fazia, enquanto lia. É estranho, principalmente porque foi a primeira vez pra mim. Eu pensava muito nas rádio-novelas, mas elas eram feitas ao vivo. Ali estamos fazendo algo que vai ficar gravado, que vai ser consultado sempre. Nas novelas acabava o capítulo e acabava a história. Fizemos isso só com a voz, com a distância de uma sala pra outra, foi muito doido. Nós não ficávamos juntos, apenas nos víamos por vídeo. Não tem aquela coisa viciante de você contracenar com um colega, era só voz e o entendimento do texto.”

Paciente 63 contará com 10 episódios e será lançado no Spotify e tem estreia marcada para o dia 22 de Julho de 2021.

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