The Liberator é muito mais do que uma animação sobre guerra

Em silêncio, como soldados em uma trincheira, The Liberator chega aos lançamentos da semana na Netflix. A produção baseada no livro O Libertador: Uma Odisseia de 500 Dias do Soldado da Segunda Guerra Mundial, de Alex Kershaw, chega nesta quarta-feira (11), ao catálogo do streaming. A primeira surpresa chega logo  nos primeiros minutos, quando descobrimos se tratar de uma animação e não de uma produção live-action, como aparenta. A qualidade da animação é tão alta, que a sensação de estarmos assistindo a personagens reais permeia até os últimos minutos do último capítulo. Apesar de ser tratada como animação, não devemos pensar estarmos diante de algo infantil ou destino ao público mais jovem, pelo contrário. A história contada em The Liberator é séria, triste e extremamente necessária. 

A produção 

A série é baseada em uma história real, tendo o Capitão Felix Sparks (Bradley James) como o protagonista. Sparks foi um general do exército norte-americano, responsável pelo comando do 3º Batalhão, 157º Regimento da Infataria. Sparks foi alocado na liderança do grupo considerado por  muitos como descartáveis, por ser composto principalmente por índios nativos. O grupo foi um dos primeiros a entrar no campo de concentração de Dachau e libertar os prisioneiros dos nazistas que lá estavam. Receberam diversas honrarias e condecorações ao final da 2ª Guerra Mundial. 

The Liberator chega ao catálogo de forma revolucionária, por ser a primeira vez que a Netflix trabalha com a tecnologia Trioscope Enhanced Hybrid Animation, que combina CGI com performances live-action. É possível, por diversas vezes, esquecer que estamos diante de um desenho e não de pessoas reais. Os detalhes, as expressões e a veracidade da produção é um dos pontos chaves da mesma, destacando-a em meio a tanta outras. O siginficado disso reflete no alcance que The Liberator pode ter no público. Muitas produções do gênero são consideradas impróprias para crianças, por conterem cenas de violência e morte muito pesadas. Com o lançamento da Netflix, será possível mostrar ao público mais jovem um pouco mais da dimensão e das consequências de uma guerra, sem causar traumas.  

The Liberator

A produção nos apresenta a importantes personagens da história norte-americana, que provavelmente não conheceríamos não fosse a série. A relação entre Felix e seus soldados, como o tenente Samuel Pé-Frio (Martin Sensmeier) são a essência da série e refletem a humanização de um soldado dentro de um cenário caótico. É visível que a série ainda mascara alguns acontecimentos, mas não se esconde por trás da animação. Pessoas são torturadas, mortas e humilhadas diante dos olhos. Muitos não voltam para casa, enquanto outros têm a felicidade de retornarem ao país de origem. 

O formato da série é o grande diferencial, visto não ser a melhor produção do gênero de guerra que já existiu. Entretanto, certamente será lembrada como a primeira destinada a um público mais jovem. Ponto para Netflix. 

The Liberator chega amanhã (11) à Netflix. 

LEIA MAIS SOBRE SÉRIES