Lucifer retorna ao charme original e traz a melhor temporada a Netflix

Lucifer finalmente retornou a Netflix. Apos muita expectativa, a quinta temporada chegou ao streaming e fez muitos fãs acordarem as 4 da manhã só para começarem a maratona. Após uma temporada duvidosa, com muitos criticando a compra da série pela Netflix, Lucifer consegue trazer de volta tudo aquilo que a Fox construiu. O charme que pegou a atenção de todos desde o primeiro episódio finalmente voltou e o que temos é uma série mais madura e bem desenvolvida do que sua temporada anterior. Preparem-se, pois o Diabo está de volta em grande estilo.

A série traz como plot exatamente aquilo que o trailer divulgou. O irmão gêmeo do protagonista, Miguel, desceu da Cidade de Prata e veio tentar roubar a vida do irmão. Após algumas confusões nos primeiros episódios, as pontas são atadas e a farsa descoberta. Os fãs não conseguem ter toda a sensação de surpresa, uma vez que a Netflix revelou a informação ainda no trailer. Ponto negativo, visto que é impossível imaginar a existência da Miguel até pelo menos metade do segundo capítulo. Era um segredo que não precisava ser contado.

O elenco

A criação de um novo vilão ocorreu de forma mais inteligente possível. Após o fiasco que foi a escalação de Eva na quarta temporada, o estúdio entendeu que não precisava investir em novos rostos, apenas trabalhar o que já tinha. O elenco de Lucifer sempre foi seu ponto chave, mostrando uma química incrível entre si. O grupo coeso formado por Chloe, Lucifer, Amenadiel, Linda, Daniel, Ella e Maze é o único ponto que o seriado precisa. O irmão gêmeo de Lucifer nos mostra a genialidade de Tom Ellis, que consegue separar perfeitamente os personagens. Seja na mudança do sotaque ou na postura de Miguel, é possível perceber em cada cena quando estamos diante de Lucifer e quando estamos vendo seu irmão.

Investir no já conhecido talento de Ellis foi a alternativa que o seriado precisava. Não há a necessidade de “perder tempo” apresentando mais um personagem e todos ganham mais espaço de desenvolvimento. Maze e Linda constroem sua trama particular, bem como Amenadiel e o pequeno Charlie. E até mesmo o casal protagonista, tão amado pelos fãs, consegue enfim encontrar o espaço que precisava. Ainda temos mais uma temporada pela frente, então não espere ver um final digno de conto de fadas para Chloe e Lucifer. O público ainda sentirá a agonia de vê-los criando todos os impasses possíveis para ficarem juntos, mas o amadurecimento de Tom Ellis como personagem e como ator não deixam as cenas cansarem o espectador.

A série

Outro ponto chave que a nova temporada nos trouxe foi uma maior abordagem de assuntos bíblicos. A chegada de Miguel proporciona ao público a noção de nomes como Rafael, Gabriel e Samael, até então não mencionados no seriado. Entendemos um pouco mais sobre céu e inferno, Deus e seus anjos (e demônios). E a produção não faz isso de forma forçada ou mal pensada. Tom Kapinos, o diretor, consegue encaixar um pouco de conteúdo em meio as piadas irônicas do protagonista e quebra o ritmo repetitivo característico de todas as temporadas.

Lucifer voltou, enfim, a ser uma série policial. Todo o mistério das investigações deixado de lado na quarta temporada ganha força novamente na quinta, com crimes mais inteligentes e com potencial para liderarem os episódios. A dupla formada por Chloe e Lucifer não fica em segundo plano, voltado apenas para o romance. O casal ainda é o assunto principal, mas vê-los trabalhando juntos é incrível. A química entre Ellis e Lauren German está mais forte do que nunca e isso é fundamental para o desenvolver da série.

Com a sexta temporada confirmada, a série precisaria reconquistar seu ritmo original criado pela Fox e o faz. Após assistir apenas metade da quinta temporada ficamos ansiosos pelo que vem pela frente. Mesmo que estamos caminhando rumo ao final da história, ainda há muito que podemos ver sobre Lucifer Morningstar. E a atuação brilhante de Tom Ellis nunca é demais!

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