Como surgiu O Pequeno Príncipe?

Hoje em dia, é difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar, ou pelo menos visto uma ilustração, de O Pequeno Príncipe. Criado por Antoine de Saint-Exupéry, o livro foi publicado pelo primeira vez em 1943 e é o livro francês mais vendido e traduzido pelo mundo afora! Também, é difícil não se encantar! Embora a maioria das pessoas o tome como um livro para crianças, ele é bastante poético e filosófico, uma leitura que todos deveriam fazer, na minha opinião! A história tem início com o relato do personagem principal sobre um desenho que fez aos 6 anos,  uma jiboia que engoliu um elefante, mas todos os adultos acharam que ele havia desenhado um chapéu. Frustrado, ele resolve que não seguirá a carreira de pintor e, por fim,  se torna um piloto. Ele sofre uma pane com seu avião no Deserto do Saara e, após muito tempo tentando consertá-lo, adormece… Acaba sendo acordado por um menino com “cabelos de ouro”, que lhe pede para desenhar um carneiro. Durante a história, nosso piloto descobre que o menino vive no Asteroide B 612, tão pequenino, que  só tem uma Rosa (com a qual ele conversa e considera ser muito importante) e três  pequenos vulcões (um deles está extinto), também que o principezinho assiste quarenta e três pôr-do-sol para se divertir ou quando se sente triste. Saint-Exupéry, na minha opinião, colocou suas experiencias de vida nessa história. Por que? Bem, vamos listar para ficar mais fácil! 1) Saint-Exupéry foi piloto de avião (como o narrador da história do Principezinho), e prestou serviço militar para a França, seu país de origem, no início da Segunda Guerra Mundial. Ele até fez alguns pousos no Brasil entre 1928 e 1930, em Florianópolis, onde ficou conhecido como Zeperri. 2) Em 30 de Dezembro de 1935, Saint-Exupéry e o copiloto André Prévot voavam sobre o Deserto do Saara e, estavam prestes a quebrar o recorde de velocidade numa corrida aérea da qual estavam participando. Mas tiveram um imprevisto e eles caíram. Daí pode-se entender o porquê de o Principezinho e o narrador terem caído exatamente no Deserto Do Saara. 3) As ilustrações do livro são aquarelas e foram pintadas pelo próprio autor. Ele estudou arquitetura na juventude, mas nunca se considerou um artista nem nada assim. Mas vemos um reflexo do que ele pensa sobre isso quando o narrador do livro diz:
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática.
4) A famosa raposa, participante das citações mais conhecidas do livro,
A gente só conhece bem as coisas que cativou.  Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Só se vê bem com o coração.
também parece ter vindo de uma experiência real, já que  Saint-Exupéry, durante sua estada no Deserto do Saara em 1928, a serviço do exército francês, encontrou um Feneco – mais conhecido como raposa-do-deserto, e o criou. Também dizem que sua amiga, a nova-yorquina Antoine – Silvia Hamilton Reinhardt, pode ter sido a fonte da inspiração das falas da raposa. 5) Já a  rosa do principezinho,  foi inspirada na esposa de Antoine, Consuelo de Saint-Exupéry. Ela nasceu em El Salvador, país conhecido como “A Terra dos Vulcões”, certamente de onde veio a ideia para o lar do Principezinho! 6) A aparência do Principezinho pode ter haver com a aparência do próprio Antoine Saint-Exupéry quando jovem. Nessa época, seus amigos e parentes costumavam chamá-lo de Roi-Soleil (Rei do Sol) por conta de seus cabelos loiros e encaracolados. E é isso! Se você tiver alguma dúvida, pode me perguntar, que respondo com prazer, ok? E se não leu ainda, não se demore e leia! Vai valer a pena!