O suspense por trás do livro ‘A Morte da Sra. Westaway’

Como fã de Agatha Christie, ler o nome da autora na capa de “A Morte da Sra. Westaway” foi um graned chamariz. O romance escrito pela aclamada autora Ruth Ware chegou ao Brasil pela Editora Rocco e foi caracterizado como um livro de suspense. Em suas 317 páginas, Ware mastigou a forma de tal ponto a deixar o público ansioso e instigado com o que viria no desfecho. Sem detalhes demais, o livro é daqueles que lemos de uma única vez, impossível de parar a partir do momento em que conhecemos a história de Hal Westaway.

O suspense criado gira em torno de Hal, uma menina de 22 anos, órfã, que segue uma vida de dificuldades em Brighton, Inglaterra. Com todas as contas atrasadas, Hal ganha a vida lendo cartas de Tarô no Píer, o que não lhe rende muito dinheiro. Ela seguiu os passos da mãe, que morreu 3 anos antes do cenário em que a história é contada. A mãe de Hal, Margarida, nunca lhe contou sobre seu passado sombrio, mas a menina nunca se interessou a fundo. Quando uma carta inesperada chega a porta de Hal, informando-lhe sobre uma herança substancial de sua avó da Cornualha, a menina não consegue não pensar em ficar com o dinheiro. Seria possível? Claro que não, afinal, a mãe de Hal nunca foi a Cornualha. Ou será que foi? 

Hal está devendo dinheiro a um agiota, que ameaçou sua vida caso ela não pague a quantia em 7 dias. Desesperada, a menina resolve seguir o conselho de um amigo do Píer e viaja em busca de respostas. Ela sabe que seus avós maternos morreram há mais de 20 anos, mas Hal nunca conheceu o pai ou os avós por parte dele. Seria possível? Ela tem certeza que a carta foi enviada à pessoa errada, mas sabe que pode tentar enganar a família para receber a herança. Ela então viaja para um funeral estranho, se apresenta para uma família estranha e vê sua vida virar de cabeça para baixo. 

A chegada da menina modifica a vida de toda a família e velhos segredos do passado começam a ser desenterrados. Alguém não quer que Hal descubra o que aconteceu e medidas perigosas são tomadas para impedir que a menina permaneça procurando (ou viva). A medida que viaja mais para dentro da família Westaway, Hal descobre que deveria ter ficado no Píer de Brighton. 

 

O suspense criado por Ruth é altíssima qualidade, desses que nos levam a acreditar em diferentes suspeitos ao longo da trama. Temos a certeza de que sabemos o culpado em diversas situações e embora não surpreenda muito, o verdadeiro vilão se encaixa perfeitamente na história.  Principalmente pelo vínculo criado entre a protagonista e o leitor, passamos a viver ao lado de Hal, querendo entender o que aconteceu e quem está fazendo aquilo tudo. 

Com vocabulário simples e objetivo, a autora não perde tempo criando detalhes que não serão usados pelo leitor. Tudo informado por ela nas cartas é de vital importância para criarmos o emaranhado de mistérios e segredos que culminam no desfecho do livro. Ao final, respiramos ao descobrimos o culpado e bate a tristeza de acabarmos o livro. 

A Morte da Sra. Westaway foi publicado pela Editora Rocco, no Brasil. 

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