SUPERGIRL | Por que os fãs estão revoltados?

Os fãs de Supergirl estão realizando um mutirão no Twitter por não estarem satisfeitos com as escolhas narrativas da série. Tudo isso por conta da recente escolha em transformar o personagem William Dey no próximo interesse amoroso da heroína, mesmo que não tenha tido nenhum tipo de profundidade e interação entre os dois. O personagem só estaria preenchendo a lacuna com a saída do Jimmy ou até mesmo Mon-El.

Muitos fãs ficaram também inconformados na construção da amizade de Lena e Kara, que chegou a um nível que (segundo eles), se eles quisessem, facilmente poderiam transformar as duas personagens num casal.

O que programa vem fazendo é: transformando Lena numa vilã superficial apenas por ser uma Luthor. Mas não vimos isso em tantas outras histórias? Capitão América e Soldado Invernal, Capitão América e Homem de Ferro, Obi-Wan e Anakin… em nenhuma dessas histórias você reclama do amigo virando inimigo ou até mesmo tendo um arco de redenção.

Por que quando se conta a história de duas amigas independentes consequentemente elas têm que ter um interesse romântico? O mesmo aconteceu com Capitã Marvel e Maria Rambeau, no filme da Marvel.

Esse ponto de vista, entretanto não é a realidade do que vem sendo apresentado, Supergirl tem superado muitos obstáculos por ser uma das poucas séries de heróis que tem uma mulher heroína como protagonista, o que vai muito além de só focar no romance. Nunca na sua série o par romântico foi sua principal preocupação e em nenhum momento tanto Kara quanto Lena tiveram algum arco em que desse a entender que poderiam ter algo amoroso.

Desde a primeira temporada Kara Danvers se preocupou em salvar o mundo e principalmente salvar a sua irmã Alex, que de fato tem uma história incrivel sobre ser lésbica e toda a bagagem que isso traz após se aceitar. A gente tem muito mais uma construção Anna e Elsa de Frozen do que qualquer história de conto de fadas da Disney com um, felizes para sempre.

O show tornou a sua personagem cada vez mais independente e reforçou por meio do grande elenco feminino que sempre serão elas as principais contadoras de histórias, sejam elas vilãs, mocinhas ou até mesmo em pequenas participações.

Além disso, o programa foi o primeiro de super-heróis a introduzir uma personagem heroína transexual no seu arco. 

É compreensível que fãs estejam insatisfeitos, mas o boicote se torna superficial e até mesmo prejudicial para quem está de fora analisando o problema. Será mesmo Será mesmo que estamos assistindo as séries por causa de suas histórias? Ou um casal se tornou mais importante que tudo?

 A hashtag já foi usanda em mais de 10 mil tweets e agora resta saber o que os produtores da série irão fazer com isso.

Supergirl é exibido pela Warner Channel no Brasil.

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