Resident Evil: Do horror ao horror!

Salve Salve meus caros e preciosos leitores! Cá estava eu jogando meu pré-histórico PSP um Resident Evil 2 (mais pré-histórico ainda) e comecei a pensar onde a série desandou. De onde o horror de medo foi substituído pelo horror de jogar tais jogos? O que aconteceu com o criativo da Capcom para transformar de tal jeito um jogo que fez história e alunos durante os primeiros 4 e principais títulos da série? Vamos analisar e tentar descobrir, juntos, tudo o que aconteceu ao meu jogo favorito. Resident Evil foi criado por Shinji Mikami como uma série de jogos de survival horror, iniciada em 1996 com Resident Evil para PlayStation 1, que mesmo com gráficos simplórios, fez muita gente se borrar de medo. Lançado em 1996, Resident Evil 1 foi um marco na história dos video-games, onde seu objetivo principal era sobreviver, e não sair matando todo mundo como eram os jogos mais famosos da época. Controlando Chris Redfield ou Jill Valentine você tinha a missão de descobrir os segredos e sobreviver à uma mansão infestadas de monstros e zumbis. Me lembro até hoje que morria de medo do jogo (eu tinha 11 anos na época). Meu primeiro contato com Resident Evil foi por um detonado em uma revista antiga de video-games. O segundo título acabou sendo o mais famoso. Resident Evil 2 trazia uma história mais profunda, mais sustos e 2 CD’s com possibilidades de 2 cenários para cada personagem: Leon S. Kennedy, um policial azarado que logo no primeiro dia na delegacia de policia de Racoon City acontece a infestação de zumbis, e Claire Redfield, irmã de Chris que foi até Racoon procurar seu irmão desaparecido. Essa título foi o que mais prendeu a atenção dos fãs, a história era ótima e o terror ainda continuava grande. Mr. X e os famosos Lickers faziam sua primeira aparição nesse jogo e transformavam sua vida num inferno. Resident Evil 3 já era mais tranquilo, mas não pense que não metia medo. Quem nunca quase se borrou toda vez que ouvia o maldito “STAAAAARS” saído da boca escancarada do maldito Nemesis e sua maldita Rocket Launcher? Ô bicho chato do cão! A jogabilidade estava mais fluída, mais sensível e a história meio que terminava a saga da Umbrella nos consoles e, por mim, poderia parar por aí. Mas não. A Capcom resolveu lançar mais um: Resident Evil… … Code Veronica. GRAÇAS A DEUS EU ESTAVA ERRADO! Considerado até hoje o jogo mais difícil da série, Code Veronica fazia você se borrar de medo pelos sustos, pela dificuldade e pela escassez de suprimentos. Um tiro errado faria uma falta monstruosa mais à frente. Também foi a primeira vez que a Capcom não lançou um Resident Evil para o PlayStation. Code Veronica foi lançado, na época, somente para o Sega Dreamcast. Ah! O controle gigante e trombolho do DC ajudava muito a deixar o jogo mais difícil. Daí começa a decadência da franquia. Resident Evil 4 é um bom jogo, mas já muda completamente o foco. Um jogo de “sobrevivência” que tinha a câmera fixada no ombro do personagem principal (Leon outra vez, e nos outros jogos, a câmera era fixa no cenário, dando a impressão que você movia o personagem e não o cenário) que foi um dos mais vendidos e lembrados até hoje, depois que sua versão saiu para PlayStation 2, que era originalmente do Nintendo Cube. Parecia que já estava ficando clara a intenção da Capcom em transformar Resident Evil em um jogo de ação. Que foi justamente o que aconteceu em Resident Evil 5. Cara, sério, que lixo era aquilo. Era melhor ter parado Code Veronica. E dessa vez eu não estou errado. Com um sistema de sidewing (personagem de apoio) que trazia a bela (e inútil) Sheva Alomar, você controlava novamente (Hulk) Chris Redfield, que estava atrás de uma nova organização chamada Tricell e comandada por Albert Wesker. Personagem que era melhor ter ficado de fora desse jogo. RE5 não tinha nada de terror. Era só ação! Tiro pra todos os lados! Munição quase infinita! Nenhum susto! Nenhum mesmo! Daí o público começou a reclamar e foi lançado Resident Evil Revelations. Jogo que trazia toda a esfera terrorífica novamente à franquia. Lançado originalmente para Nintendo DS e depois com remaster para PlayStation 3 e Xbox 360. Jogo difícil com bons sustos e o famoso e delicioso sufoco de suprimentos. Mas a Capcom parou com os Resident Evil de ação? Não meu caro leitor… Não.. Nem um pouco. Um tempo depois, foi lançado Resident Evil 6, que trazia 6 personagens em sistemas de duplas; Leon S. Kennedy com a bad-ass Helena Harper, Chris Redfield com o incansável Piers Nivans e Jake Muller com, a agora quase ninja, Sherry Birkin. E também tinha o capítulo extra da Ada Wong! Tudo pra ser ótimo não? Não… Leon tinha a campanha baseada em “terrir” (era pra ser terror, mas você acaba rindo das tentativas de sustos que a Capcom falha miseravelmente em te aplicar), Chris continuava com a ação (por que Capcom???? POR QUE????) e o novato Jake com o “survivor” (nem falo mais nada). O fracasso foi tanto que, pra manter a franquia viva, a Capcom teve que criar outro jogo… Resident Evil: Revelations 2! Ótimo jogo! Mas um grande caça-níquel…. Lançado em sistema de episódios (só pra fazer você gastar mais dinheiro), o novo jogo trazia novamente o terror até Resident Evil! Seria perfeito se a Capcom não dissesse que NÃO FARIA MAIS A SÉRIE PRINCIPAL COMO JOGOS DE TERROR! Ou seja, ela literalmente assumiu que Resident Evil só existe ainda para dar dinheiro e não para agradar aos fãs! Shinji Mikami deve ter ficado mais furioso ainda, até porque ele foi demitido da Capcom em 2007, com o fechamento do estúdio Clover, que ele havia sido transferido. Mas parece que a Capcom aprendeu com seus erros em Resident Evil 7, título que foi anunciado na E3 desse ano certo? NÃO MEUS CAROS! Resident Evil 7 parece que trouxe o terror novamente à franquia. Mas um TERROR SOBRENATURAL e não de um risco biológico (tradução literal do título original no Japão: Biohazard). E isso porque eu não quero nem falar na franquia de filmes da série! Ou seja meus caros: o olho grande da Capcom pelo dinheiro está quase desligando as máquinas que mantêm um ótimo jogo vivo, isso porque o Megaman eles já mataram… Então meus caros leitores, só nos basta aguardar e ver se Resident Evil 7 será mesmo bom ou não. Deixem seus comentários aí embaixo e na nossa página do Facebook! VEJA TAMBÉM: LEIA GUERRA DO VELHO E DIVIRTA-SE MUITO! NÓS SOBREVIVEMOS À EXPERIÊNCIA SUPERMAX DICA DE LIVRO: THOR – O CERCO O QUE ESTREIA NO CINEMA EM JULHO