MARIA E JOÃO | O conto das Bruxas superficial e frustrante!

DECEPCIONANTE!

Quando descobri que o conto de fadas dos irmãos Grimm teria uma releitura intitulada Maria e João – O conto das Bruxas, isso me chamou atenção. Mas o que me atraiu realmente, foi saber que a adaptação seria a mais próxima da história original, ou seja teria aquela pegada de terror que os fãs do gênero amam.

A trama acompanha duas crianças, Maria e João, no auge da peste. Maria tenta encontrar um emprego para ajudar em casa, após a morte de seu pai. Sem Sucesso, a Mãe os expulsa de casa e eles adentram a floresta em busca de um novo lar, e assim como na história clássica, encontram a casa da Bruxa.

O Diretor Perkins se perde em focar na atmosfera os invés da história, com isso o roteiro péssimo, fica soterrado em meio à cenários incríveis.

A narrativa é confusa, você entende para onde ela está te direcionando, mas esse direcionamento não te leva a lugar algum. Tudo, até o encontro com a Bruxa, tinha um propósito que se perde quando deveria ser o ápice. Até percebemos, de uma maneira forçada, que a intenção é se utilizar de metáforas para lidar com questões atuais, mas isso se perde da mesma forma que encontramos, do nada.

Quando achamos que tudo será definido, nos é entregue uma versão sem pé nem cabeça da história introdutória, que definitivamente não faz nenhum sentido dentro de toda a narrativa abordada até ali.

E se tudo que acontece durante o filme não tem justificativa e não te leva a nenhum lugar, é preciso enaltecer, pelo menos a fotografia das cenas. Os cenários são de tirar o fôlego e ditam o tom carregado de mistério e suspense que infelizmente não é acompanhado pelo roteiro.

Além da fotografia, a atuação de Sophia Lillis é mais uma vez excelente, mesmo estando, ainda, em sua zona de conforto. Gostaria muito de ver Lillis em uma comédia, por exemplo.

Frustrante e superficial, Maria e João é o típico caso onde o trailer é melhor que o filme.

Maria e João estreia em 20 de fevereiro

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