A MALDIÇÃO DO ESPELHO | O retrato de que o gênero precisa de reinventar!

Ultimamente o cinema tem se mostrado bem eclético, a prova disso é o novo suspense russo, que chega aos cinemas. A Maldição do espelho é surpreendentemente bom no que se propõe, superando algumas super produções que tem chegado às telonas.

A trama acompanha um grupo de jovens residentes de um internato. Cada qual com uma particularidade familiar. Quando resolvem explorar uma área isolada da instituição encontram um espelho e com ele, achando se divertir, fazem pedidos à Rainha de Espadas (Uma conhecida lenda urbana Russa). Mas, logo eles descobrem que esses pedidos lhe custarão caro.

O que muita gente não sabe é que A Maldição do espelho, trata-se de uma sequência. No entanto, seu antecessor, intitulado A Dama do Espelho: O Ritual das Trevas, de 2015, nunca chegou aos cinemas brasileiros.

O Filme não possui nada de original, ele capta elementos assertivos de diversas outras produções e as utiliza como uma colcha de retalhos. Casas Mal assombradas, fantasmas, bruxas, rituais, são apenas alguns dos elementos que se intercalam.

Os personagens são extremamente caricatos, lembrando clássicos filmes de terror dos anos 90, onde víamos um padrão: a garota excluída, o atleta, a sexy, a rebelde, o nerd… soa familiar? Pois bem, nesse conjunto ainda temos o Artyom, irmãozinho de Olga, a Rebelde, que são os protagonistas da história. A Relação conturbada de Olga e Artyom, é a meu ver, a pior falha do filme, pois ela simplesmente existe. Não existe causa, motivo, razão ou circunstância. Só existe. O que causa estranheza é a forma exagerada que a mudança ocorre.

Mas o filme é Ruim? No geral não, mas possui um excesso enorme de informações, tanto em roteiro, quanto no visual que ficam sem explicação, nos levando a questionar o porque de sua existência no contexto. Um exemplo claro é um boneco (bizarro), que surge simplesmente para conectar a história de presente e passado. No entando, existem tantas tomadas no mesmo, que nos questionamos o momento em que haverá algo a mais nele. A trama da reitora, e os segredos que guarda, é simplesmente esquecida.

O gênero precisa de uma reciclagem urgente, precisa se reinventar. O clichê é muitas das vezes, válido. Mas até quando? Será que as novas gerações irão curtir essa narrativa batida?

No mais, A Maldição do espelho entretém, mesmo em meio ao aproveitamento de elementos, e previsível, supera algumas produções recentes que tentam inovar falhando. Vale sua atenção, mas não espere muito.

A Maldição do espelho já está nos cinemas!

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