Um Lugar Silencioso – Parte II eleva ainda mais o nível da franquia

Quando John Krasinski resolveu se aventurar no ramo do cinema como diretor, ninguém dizia que ‘Um Lugar Silencioso‘ faria sucesso e muito menos que ganharia uma sequência. Atualmente, a franquia já conta com dois filmes lançados, um spinoff confirmado e um terceiro filme em desenvolvimento para Paramount. Seja lá o que tenha feito, John Krasinski encontrou seu lugar nos cinemas.

Não parece ser tão dificíl assim desenvolver uma forma de fazer o público ficar calado no cinema. O objetivo da sala é esse, na verdade. Mas o que acontece quando você não consegue ouvir nem ao menos a respiração ou um saco de pipoca ao lado? Mais uma vez, ponto para Krasinski. Em sua história sobre monstros atraídos pelo barulho, o diretor cria a sensação de que estramos dentro do filme e não queremos colocar a vida de ninguém em risco.  

O filme

Um Lugar Silencioso – Parte II demorou a chegar, mas enfim foi lançado nos cinemas brasileiros. Repetindo a fórmula do primeiro filme, é provável que você sinta aqui um medo ainda maior de emitir um ruído. Não apenas por já conhecer os monstros, mas o segundo filme deixa claro que ganhou um investimento em seu orçamento. As cenas são mais bem trabalhadas e desenvolvidas, enquanto o número de figurantes triplica. 

Uma da maiores perguntas deixadas pelo primeiro filme diz respeito a origem. Quando tudo começou? O que é aquilo e de onde eles vieram? Fique tranquilo, você receberá sua resposta logo no começo da produção e aproveita para matar a saudade de Krasinski. 

O segundo começa momentos após onde o primeiro nos deixou, com a família Abbott (Emily Blunt, Millicent Simmonds, Noah Jupe) precisando seguir em frente após a morte do pai. Eles ainda estão vivendo o apocalipse começando em 2018. Eles não podem falar, mas precisam seguir em frente para encontrar comida, abrigo e um futuro. 

 

Um Lugar Silencioso – Parte II

O principal objetivo de uma sequência é ampliar ainda mais um universo de uma produção. É exatamente isso que o filme nos traz. Krasinski se preocupa não apenas em mostrar o que está acontecendo, como o porquê e o quando. As engrenagens começam a se encaixar melhor e abrem as portas para que mais histórias sejam contadas. Não é à toa que o filme encerra com um gancho ainda maior em relação ao seu antecessor. 

Embora traga alguns mesmos detalhes e fórmula do primeiro, a adição de Cillian Murphy ao elenco é um grande diferencial. O ator se encaixa bem em um grupo já engessado e magoado pelos monstros, mas ganha espaço para desenvolver seus próprios pesadelos. Emmet ainda tem história para contar e as sequências do filme podem desenvolver ainda mais sua trama. 

Um Lugar Silencioso – Parte II chega para mostrar que é possível desenvolver uma produção com pouco diálogo, grande elenco e que usa o silêncio como seu maior combustível. Mesmo sem vozes, sentimos angústia, desespero, pavor e sufoco assistindo ao filme. Ao final, respiramos quando tudo teoricamente dá certo, mas sofremos com a espera para uma continuação. 

Um Lugar Silencioso – II chega em julho aos cinemas brasileiros. 

 

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