Lovecraft Country Review: Episódio 5 – Stranger case

WOW que episódio não é mesmo? Nosso trio foi colocado um pouco de lado no episódio 5 de Lovecraft Country intitulado: Strange Case; para Ruby ter seu espaço, e QUE ESPAÇO. Um episódio potente, com muitas relações e com muitas verdades sobre “ser mulher” na socieddae que vivemos, principalmente nos anos 50.

Para alguns o episódio pode ter soado desconexo em meio a tanta coisa que ainda precisamos descobrir, mas não se engane… A história está caminhando exatamente para onde precisa, e adaptando muito bem a obra de Matt Ruff.

Se você bem se lembra no episódio anterior, Ruby se relacionou com Willian e nada mais foi dito sobre, em “Stranger Case” descobrimos as consequências desse encontro.

Ruby acorda neste episódio, no corpo de uma mulher branca! E sem entender vaga pelas ruas de South Side e pode ver na pele o que é estar “do outro lado”, mas logo, William a leva de volta; e temos uma das cenas mais surreais de LoveCraft Country, até o momento.

Ruby desconfia, óvio né? Afinal, um homem branco tão disponível assim, em plenos anos 50 é difícil de acreditar. Ruby é persuadida com a promessa de acesso a tudo o que ela poderia desejar com a ajuda da magia do sangue que permite ela para mudar de forma.

E no corpo da mulher branca, Ruby alcança lugares onde nunca esteve e que sempe sonhou. Consegue o emprego na loja que almejava, mas além disso, consegue desfrutar de situações que nunca lhe foram possíveis, principalmente poder circular livremente. Tal oportunidade, proporciona a Ruby um olhar ainda mais crítico à esse “mundo” tão excludente aos negros.

Levantando uma questão aqui, ver o mundo pelo olhar da Ruby é extremamente desconfortável e desconcertante, perceber a crueldade do mundo pelo simples fato do fator cor da pele, ou pior ser mulher.

Seduzida por poder alcançar seus sonhos, Ela decide aceitar o favor de William, que consiste em: ir disfarçada a uma festa no chalé de Chicago para introduzir um dispositivo que permitirá que Cristina espione seus novos inimigos.

Já haviamos comentado antes, e é exatamente isso: Cristina quer o poder para si, e provar por A + B que mulheres podem sim serem líderes e mais ainda ela pode ser o “mestre maior” dos filhos de Adão.

Mas o ápice maior do episódio é com a descoberta que Cristina é William, e que ela também, se utiliza da metamorfose. Mas se ainda não tinha ficado claro, Cristina realmente se “compadecia” de Ruby e o fato de proporcionar a ela o uso da magia era de dar “poder” a ela em meio a um ato feminista de empoderamento. Um diálogo simplesmente sensacional!

E se você pensa que Tic e Leti tinham sido deixados de lado, não mesmo. Foram poucos momentos mas com significado, literalmente afinal, eles precisam decodificar as páginas do livro reveladas, já que Montrose destruiu o livro. Um único resultado é revelado no final do episódio, quando Atticus decodifica uma palavra depois de todo aquele esforço: “Morra”. A mensagem praticamente o choca e seu primeiro pensamento não é contar a Leti, mas correr e ligar para Ji-ah, que parecia ter previsto esse momento.

Agora, se a revelação de Cristina nos impactou… Ver Montrose assumindo algo que o destruia por dentro por esconder, foi libertador. Já imaginávamos que Montrose era de fato homossexual, outro fator excludente dentro dos anos 50, e que talvez seu casamento tenha sido arranjado para esconder tal segredo, mas nada foi confirmado. Por hora analisamos o momento de felicidade do personagem.

Um episódio de transformações de fato e a metamorfose não se trata somente da troca de pele de Ruby que expandiu seus horizontes para o mundo, mas também condiz com o arco de Montrose, que certamente será outra pessoa após esse episódio.

O que esperar dos próximoas episódios? 

A série é exibida aos domingo às 22h na HBO.

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