ENQUANTO ESTIVERMOS JUNTOS | Uma história de fé!

É provável que você, assim como boa parte dos brasileiros, nunca tenha ouvido falar em Jeremy Camp. O cantor de rock cristão ficou conhecido nos Estados Unidos nos anos 2000, após viver uma história de amor especial. A pureza no relacionamento de Jeremy e Melissa foi tanta, que inspirou os diretores Jon e Andrew Erwin a levarem a história para os cinemas. E assim nasceu Enquanto Estivermos Juntos.

Baseado na história de vida de Jeremy e Melissa, o filme chegou aos Estados Unidos em março. O nome escolhido para dar vida ao cantor foi o do atual rosto de Hollywood. KJ Apa, de Riverdale, traz a jovialidade e o galanteio que entrega na série para os cinemas mais uma vez. Além de todo o público adolescente fã do ator, claro. Sem conhecer a trama, muitos irão assistir apenas pela chance de ver KJ numa tela mais uma vez.

Melissa é interpretada por Britt Robertson, atriz que já protagonizou o drama de Nicholas Sparks, Uma Longa Jornada, em 2015. Romance misturado lágrimas é algo que certamente está no portifólio da atriz, que ainda esteve em Quatro Vidas de Um Cachorro, ao lado de KJ Apa. Britt já nos fez chorar inúmeras vezes, mas nada comparado ao que acontece em Enquanto Estivermos Juntos.

O Filme

Jeremy é um jovem músico do interior de Louisiana. Vindo de família humilde, ele consegue uma bolsa na Califórnia e viaja horas para seguir seu sonho, com apenas algumas roupas e um violão na mão. Jeremy logo conhece Jean-Luc (Nathan Parsons), veterano da faculdade e um dos músicos mais famosos da região. Com um repertório influenciado pelo rock cristão, o músico enche os lugares por onde passa.

Não demora para a amizade entre Jeremy e Jean-Luc surgir e portas começam a ser abertas para o rapaz de Louisiana. Em um dos shows de Jean-Luc, Jeremy vê Melissa na plateia e ali começa o que viria a se tornar o principal enredo do filme. Camp certamente não contava que seu novo melhor amigo fosse apaixonado por seu mais novo interesse, mas como diria Renato Russo, quem irá dizer se existe nas razão nas coisas feitas pelo coração?

Enquanto Estivermos Juntos é previsível do início ao fim. Há uma troca nos finais imagináveis quando entendemos o verdadeiro plot do filme. O que parecia ser uma tradicional história de amor entre dois adolescentes de universos diferentes, toma proporções trágicas. Melissa descobre ter câncer e Jeremy encara o desafio ao lado dela. Em pouco tempo, o filme nos entrega uma história de companheirismo, amor e muita fé.

O relacionamento dos dois é puro e até mesmo forçado, quando pensamos na forma como KJ e Britt se relacionam em tela. Mas é impossível esquecer que estamos diante de uma história real, contada pelo cantor norte-americano, como uma forma de homenagear o grande amor de sua vida.

Enquanto Estivermos Juntos

O filme traz quase duas horas de duração, que foram mal distribuídas pela história. Podemos dizer que o roteiro se divide em duas partes, pré e pós descoberta doença de Melissa. O que era para ser contado com calma, dando tempo a gravidade da situação, é corrido e quase jogado na tela. Aceitamos por se tratar de uma história real, onde grandes plot twists não aconteceram. Para o público, porém, tudo acontece muito rápido e não temos tempo de processar.

Não é difícil imaginar o que irá acontecer com a protagonista. Na verdade, basta uma rápida busca no Google para descobrir o final. A história é batida e diversos filmes extremamente semelhantes foram feitos ao longo dos anos. Enquanto Estivermos Juntos é mais um, com o diferencial de realmente ter acontecido. A mensagem é bonita e o resultado como um todo não é ruim, mas não destaca nada além da atuação dos dois protagonistas.

Para os fãs, é uma ótima chance de conhecer o lado cantor de KJ Apa. O badboy de Riverdale se transforma em um adulto responsável, marcado pelas dores que a vida lhe impôs. É provável que seja seu trabalho mais maduro, mas ainda não chegou o momento em que o ator deixa o lado adolescente de lado.

Enquanto Estivermos Juntos ainda não tem previsão de chegar ao Brasil. 

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