Conversamos com Katja Herbers, a protagonista de Evil

O sobrenatural sempre foi uma das temáticas mais procuradas e admiradas pelo público. Desde produções de terror explícito, como Jogos Mortais e O Exorcista, até roteiros que vagueiam pelo oculto e misterioso, como Supernatural e Invocação do Mal, o desconhecido segue reunindo uma legião de fãs. Demônios e espíritos são e já foram usados em inúmeras produções e agora protagonizam o mais novo sucesso dos produtores de The Good Wife, a série Evil, em exibição no Brasil através do Globoplay. No próximo dia 23 de outubro, Evil chega ao Universal TV , às 23h.

A série traz o seminarista e ex-jornalista David Acosta (Mike Colter), que viaja pelos Estados Unidos investigando casos de possessão e manifestações sobrenaturais reconhecidos pela Igreja. ento. Acosta conta com a a ajuda da psicóloga forense Kristen Bouchard (Katja Herbers), que busca acima de qualquer coisa, determinar o que é sobrenatural e o que é explicável pela ciência. Kristen cresceu em uma família católica, mas anos de estudo a tornaram uma pessoa levemente cética. O que ela presencia em suas expedições com David começam a transforma-la em uma pessoa mais aberta a novas informações. O elenco ainda é composto por Leland Towsend, vivido por Michael Emerson, um especialista em oculto determinado a influenciar os outros a praticarem o mal. 

Em uma entrevista realizada hoje, de forma virtual, conversamos um pouco com Katja sobre sua personagem e sobre o seriado, que já tem a 2ª temporada confirmada. As gravações começarão em breve, retornando após uma paralisação devido a pandemia do Coronavírus. 

Ao longo dos anos vimos inúmeros acontecimentos inexplicáveis acontecendo em sets de gravações de produções de terror, como Poltergeist e O Exorcista. Você se considera uma pessoa sensitiva? 

Eu me considero uma pessoa sensitiva, mas eu também sou uma pessoa que realmente acredita em ciência. Eu não necessariamente acredito no sobrenatural , mas eu tenho uma história engraçada. Eu costumava ter muita dor de cabeça quando eu era mais nova e ninguém conseguia descobrir o porquê. Estava arruinando a minha vida, então eu fui visitar uma senhora que vivia na floresta. Ela me disse que eu vinha tendo essas dores de cabeça porque eu estava carregando 37 fantasmas comigo.

Eu não acreditei nisso, mas ela me falou que não importava se eu acreditava ou não, ela apenas iria pedir a eles para irem embora. Eles estão mortos e não sabem disso, então estão andando com você e te dando toda essa dor de cabeça. Ela pediu e alguns dos fantasmas não queriam ir embora. Quando todos eles foram embora, eu nunca mais tive dor de cabeça. Não era algo que eu acreditava, mas realmente resolveu minhas dores de cabeça. 

Kristen é uma psicóloga forense, contratada pela Igreja Católica. Mesmo que não tenha uma religião, você acredita que o contato com o sobrenatural pode mudar sua visão do mundo em algum momento?

Ela cresceu católica, embora não seja mais. Mas eu acho que ao longo da série, conseguimos ver que existem coisas que ela simplesmente não consegue explicar, assim como eu não conseguia explicar minhas dores de cabeça. E existem coisas na série que eu como psiquiatra não consigo explicar. Eu também acho que em algum momento, eventualmente, a ciência vai conseguir explicar literalmente tudo. Nós conseguimos ver essa mudança ao longo da série, uma vez que ela era cética e não acreditava em nada, mas agora é uma pessoa que permite a existência da dúvida. Ela está se tornando uma pessoa mais aberta a explicações sobrenaturais.

Nós já sabemos que a série foi renovada para a segunda temporada e vem fazendo grande sucesso. Em sua opinião, as pessoas são atraídas pela sensação do horror, do suspense e do desconhecido? 

Eu não sei se as pessoas gostam do sobrenatural, mas o que acho de especial em Evil é o roteiro, uma vez que é muito bem escrito. Na minha opinião temos alguns dos melhores roteiristas dos Estados Unidos, eles são extremamente espertos, mas também gentis e empáticos. Acho que a série tem tanto esse elemento sombrio, mas também temos momentos de iluminação e até mesmo esse lado meio bobo, o que resulta em uma combinação muito divertida. Temos uma cena realmente assustadora, mas logo depois algo para descontrair. É divertido!


E ainda há um elemento especial, em minha opinião. Algumas histórias são fechadas em um episódio, mas tudo gira em torno dos personagens, que você aprende a amar. Isso pra mim é o grande diferencial de Evil, em relação a outras produções.

No Brasil, Evil é exibida pelo Globoplay e no próximo dia 23 de outubro a série chega ao Universal TV estreia, às 23h. 

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