CONTROL Z | O poder da tecnologia na geração atual!

Control Z chegou a Netflix na última sexta-feira, com a promessa de ser a nova Elite do serviço de streaming. Comparações acontecem, mas não são necessárias aqui. Elementos das duas séries podem ser destacados em comum, como o idioma, os protagonistas adolescentes e o cenário escolar. Assuntos delicados são abordados em ambas as séries, como o preconceito, a homofobia e o bullying, mas Control Z segue um ritmo diferente. O foco aqui é a tecnologia e suas consequências perante uma juventude fraca.

A história da série é focada na vida de Sofia (Ana Valeria Becerril), uma menina extremamente inteligente e com uma percepção sensorial incrível. Há momentos em que Sofia investiga os locais e flashes nos levam a pensar que a menina é quase um Sherlock Holmes. E suas habilidades tornam-se necessárias dentro da Colégio Nacional. A bolha dos adolescentes é estourada quando alguns dos maiores segredos de cada um são expostos online. E as consequências fogem do controle.

O hacker

O Colégio Nacional é formado pelos tipos mais diversos de alunos. Desde ricos mimados pelos pais e jovens bolsistas, pode-se dizer que todos os clichês da selva do Ensino Médio estão ali. Todos vivem suas vidas tranquilas, tentando sobreviver a rotina diária de ser um adolescente. Os valentões fazem bullying com os mais tímidos, enquanto as patricinhas desprezam qualquer pessoa que não saiba a diferença entre uma Channel e uma Gucci. Nada fora do clichê hollywoodiano, não é?

Nada parecia mudar a hierarquia da escola até que um hacker invade os celulares de todos os alunos e descobre seus segredos. Durante uma palestra, um vídeo é exibido e o hacker se revela. É o início do caos. Amizades são desfeitas, alianças são formadas e a vida de todos passa a ser influenciada pelas consequências da exposição. Mas afinal, quem está por trás de tudo isso? Sofia assume o desafio de descobrir e pra isso conta a ajuda de Javier (Michael Ronda), um aluno novo enigmático que acaba de se juntar a turma.

Control Z

Não há nada de extraordinário ou original no seriado da Netflix, mas a série tem um charme. É inegável que cada episódio estimula a curiosidade do público e logo nos vemos envolvidos com o que acontece na vida do Colégio. Quando as situações começam a complicar e saímos do clichê de conto de fadas do ensino médio, o rumo da produção muda completamente. Os capítulos são divididos de acordo com a rotina de cada personagem e cada um ganha seu momento de destaque. É preciso entender o background para entender o plano principal e a direção de Alejandro Lozano sabe exatamente como fazer isso.

Ao longo da série pensamos saber quem é o responsável pela exposição de vídeos. É provável que você descubra o nome antes da série revelar, mas não pense que isso irá atrapalhar. A partir do momento em que o culpado é revelado, o ritmo de cada episódio nos leva a explicação por tudo o que aconteceu e a trama se encaixa. O motivo não é o melhor dos melhores, mas faz jus a tudo o que a série procura apresentar.

Segunda temporada?

Não é um spoiler, mas já adiantamos que a história de Control Z ainda não encontrou um desfecho. O último episódio acaba de maneira tensa e ficamos desesperados para saber o que acontecerá em seguida. Afinal, o que aconteceu com Javier? Será que o culpado terá sucesso em sua fuga e tudo ficará dessa forma? E o principal, onde está o pai de Sofia?

Control Z é o tipo de série simples, mas que pega o público desde o primeiro episódio. A forma como Alejandro desenvolve cada história paralela dos personagens é a cereja do bolo, pois criamos empatia e entendemos os problemas de cada um. A rotina do colégio é fictícia, mas nada fantasiosa. A trama é orgânica e podemos facilmente imaginar tudo aquilo acontecendo em uma escola tradicional da “vida real”.

Ainda nada foi confirmado, mas não podemos esperar pela confirmação da segunda leva de episódios.

Control Z já está disponível no catálogo da Netflix.

LEIA MAIS SOBRE SÉRIES