O AUTO DA BOA MENTIRA uma antologia de humor sobre as histórias de Ariano Suassuna

Chega aos cinemas, no próximo dia 29 de abril, o filme antológico ‘O AUTO DA BOA MENTIRA‘, inspirado em histórias contadas por Ariano Suassuna.

Além de ter podido conferir ao filme, também pudemos conversamos com o diretor e parte desse elenco que em meio a muitas gargalhadas e um clima descontraído nos falou sobre a possibilidade de contar essas histórias: “Os grandes contadores de história, assim como o Chico Anísio, e aqui a gente está falando do Ariano Suassuna, grande mestre, têm um poder de minúcias na hora de descrever seus personagens e tipos que realmente é incrível. A graça e o humor estão nesses.” – fala Leandro Hassum

O diretor Belmonte nos diz que tenta ao máximo aproximar os relatos de Suassuna de um olhar social, sempre de forma contemporânea.

Em ‘O Auto da Boa mentira’ acompanhamos quatro história que tem a mentira como fio condutor, mas todas com um olhar diferente acerca do tema e sempre com um elenco ímpar.

Na primeira história temos uma espécie de sátira ao próprio Leandro Hassum que vive o Helder, um funcionário do RH, que ao chegar em uma convenção, as pessoas começam a confundi-lo com um humorista que iria se apresentar no evento.

Já na segunda temos Renato Goés, Cassia Kiss e Jackson Antunes. Nesta história vemos Fabiano, um jovem que descobre que sua mãe mentiu sobre quem seria seu pai, descobrindo que este era um palhaço de um circo itinerante.

A Terceira história se passa em uma comunidade do Rio de Janeiro. Sabe aquela mentirinha que contamos quando não queremos sair de casa? Pois bem, aqui que Piercer se ferra, pois ao mentir que havia sido roubado para o amigo Zeca, vivido por Serjão Loroza, acaba parando na chefia do morro. UMA GRANDE CONFUSÃO

E a última história e pra mim, talvez a mais engraçada e atual, e também com a maior quantidade de personagens, se passa em uma empresa, onde Lorena se sente completamente invisível aos olhos daqueles que parecem sempre impecáveis. Ao ser convidada para uma festa de confraternização de fim de ano, Lorena entende que esta é a possibilidade de finalmente se entrosar com a equipe, e o que acontece é uma verdadeira lavação de roupa suja, com todas as mentiras vindo à tona.

E já que estamos falando de mentiras, ao serem perguntados sobre a maior mentira que contaram, Luiz Miranda responde: “Tenho para mim uma ideia da mentira: ela só é importante quando vai ajudar. Porque depois, desfazer é tão complicado que é melhor a gente se lenhar na verdade… Uma mentira bem feita tem que ser muito bem construída, você tem que acreditar na própria mentira.”

Miranda também nos falou sobre a importância de seu personagem: “Eu, como um ator negro, vivo todas essas questões ligadas à violência e ao preconceito. E o Belmonte me convidou para fazer um chefe publicitário, dentro de uma agência com muitos negros. Isso é a nossa tentativa de fazer o nosso cinema sair daquele lugar, e começando a mostrar que temos uma diversidade não só de atores, mas de comportamentos profissionais”.

O jeito que ‘O Auto da Boa Mentira’ subverte o conceito em si é incrivelmente perspicaz, assim como a ideia do longa aliado a criatividade dos roteiristas João Falcão, Tatiana Maciel e Célio Porto.

Um filme, para rir e refletir; definitivamente um respiro no meio dessa loucura de momento que vivemos.

Assista ‘O Auto da Boa mentira’ nos cinemas, a partir de 29 de abril.

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