Vale a pena assistir ‘A Desordem que ficou’ na Netflix?

Chegou ontem, 11 de dezembro na Netflix, a série espanhola ‘A Desordem que ficou‘ dos mesmo criador do sucesso Elite, que adapta  um premiado romance de mesmo nome. Com a fórmula já conhecida das produções espanholas, cheia de reviravoltas que se complementam ao longo dos episódios, a série é surpreendente.

A narrativa acompanha duas linhas do tempo não muito distantes. Na primeira vemos a professora Veruca, uma mulher belíssima, forte, decidida, empoderada… Mas que esconde alguns segredos que a coroe por dentro.

Algo que sabemos antes mesmo da história começar é que, Veruca se suicidou, mas por que? Será que foi suicídio de fato?

Este ponto de desconfiança é o fio condutor da trama. Muitos moradores da pequena cidade acreditavam que sim, que o suicídio era real. No entanto, o marido de Veruca e a recém chegada professora da cidade, Raquel levantavam o questionamento.

A partir dai somos apresentados à segunda linha do tempo da história. Raquel, chegou na cidade após a morte de sua mãe, a pedido do marido, para assumir o cargo de Veruca na escola pública da cidade.

De maneira mais previsível impossível, Raquel não foi bem recebida pelos alunos, sofreu inúmeras ameaças e bilhetes que a incentivavam -de maneira subliminar-, investigar o que havia acontecido com Veruca na verdade.

Para Raquel, todos os alunos lhe pareciam culpados, principalmente o Igor, ente interpretado por Áron Piper, o Ander de Elite. É necessário aqui, abri um parênteses para enaltecer a atuação de Piper que simplesmente brilha como Igor, ele consegue mostrar em tela, toda a carga emocional e as camadas do personagem com maestria, sendo o maior destaque do show.

Igor é um adolescente rebelde, com sérios problemas familiares e completamente apaixonado por Veruca.

Ao longo dos oito episódios, Raquel traça uma luta contra o tempo e contra a própria vida… E o final, é de tirar o fôlego.

Por mais que a narrativa de ‘A Desordem que ficou’ soe lenta, a montagem dos episódios é perfeita, e consegue construir com precisão os ganchos e as reviravoltas que prendem o espectador à trama.

Contudo se faz necessário destacar que alguns arcos, que envolvem Raquel, seu marido e Veruca soam fora de contexto, ou como uma espécie de ponte para que “os fins justifiquem os meios”, ficando fora de contexto e com uma explicação superficial; o que não deprecia a obra como um todo.

O fato é que ‘A Desordem que ficou’, é uma série perfeita para quem ama um bom suspense espanhol, com uma ótima crítica social, e uma ótima pedida para sua maratona.

A série já está disponível na Netflix.

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